Um homem, uma mulher e um filho, provavelmente o homem um dos diretores do River Plate acuados por torcedores desesperados, loucos para encontrar culpados e descarregar toda sua frustação e decepção com a queda da equipe. Armados com pedaços de madeira não faziam distinção entre homem ou mulher. Eram agredidos da mesma forma. Policiais direcionando jatos de água, na fria tarde no Estádio Monumental de Nunez, deixando os torcedores mais inflamados ainda. São cenas terríveis, revoltantes e que dirigente algum imaginaria poder acontecer com seu clube ao final de um campeonato. Existem como todos nós sabemos, 3 resultados em jogos de futebol, a vitória, o empate e a derrota. Esse último resultado, a derrota, precisa ser compreendido como uma possibilidade normal e igual a qualquer outra. Não será sempre que uma equipe se manterá vencedora. Formadores de opinião tem a obrigação de levar a informação correta para todo o público. O futebol é sem dúvida o esporte mais popular do planeta, mas num campeonato como o brasileiro, por exemplo, onde a disputa ocorre entre 19 equipes, apenas uma vai ser a campeã e as últimas 4 colocadas, serão rebaixadas. Sabendo das regras é preciso estar ciente de que seu clube possa fazer parte desse constrangimento, em algum ano mal planejado e cair para uma divisão inferior. Não é o fim do mundo! É apenas uma das regras do campeonato. Resta após a queda, não errar novamente, planejar com calma e inteligência, para voltar mais forte à divisão principal.
Sim é simples assim, mas a paixão é irracional e absurdamente enlouquecedora e precisa ser trabalhada com maior seriedade por todos nós, repito: imprensa, clubes, atletas, torcedores e quem mais faz parte do mundo do esporte. A razão necessita estar a frente da paixão, por mais que nos pareça impossível entender isso, quando o assunto é o nosso clube do coração!
Até onde nos leva a paixão?
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